Quando é necessário realizar a manipulação, transporte ou movimentação de componentes, embalagens e peças no ambiente industrial, principalmente considerando a ergonomia das aplicações, ventosas industriais se mostram como opção ideal. Para tanto, são construídas em materiais resistentes, capazes de gerar força e ao mesmo tempo flexíveis para se ajustar ao formato dos objetos que necessitam ser manipulados. Nessa publicação falaremos um pouco sobre as ventosas, como funcionam, como selecionar e as vantagens de utilizá-las.
As Ventosas Industriais são tipicamente redondas, ainda que existam modelos retangulares, construídas em material flexível que, ao ser pressionado contra o objeto que se deseja manipular, se deformam e criam vácuo, selando a área de contato da ventosa e a superfície do material. A fim de tornar esse procedimento possível, as ventosas são comumente utilizadas em conjunto com ejetores de vácuo e bombas geradoras de vácuo, acopladas em sua extremidade para remoção do ar.
Especificamente, uma ventosa industrial não se fixa e agarra a superfície de um produto. Em vez disso, quando uma ventosa entra em contato com a superfície do objeto, ela permite que o gerador de vácuo extraia o ar do interior da ventosa e crie o vácuo. Devido à diferença de pressão entre o interior da ventosa e o ar externo, a pressão atmosférica mantém fixo o objeto contra a ventosa industrial. Quanto maior a diferença entre a pressão ambiente e a pressão de vácuo gerado pelo conjunto ventosa/gerador, maior será a força de retenção que sustenta a peça que se deseja movimentar. Além disso, quanto maior a área efetiva de contato, também será maior a força de sustentação.
Assim, o vácuo gerado pelo conjunto ventosa e gerador resulta em força na direção contrária ao peso do objeto, permitindo que esse seja manipulado. Simultaneamente, a sucção mantem o objeto preso à ventosa industrial. Além disso, não havendo interrupção do vácuo, a movimentação pode ser feita com segurança.
Para permitir que o conjunto atue de forma ideal, é necessário que a ventosa industrial seja construída em material flexível, que se adapte à superfície. Geralmente, são utilizados polímeros que também resistam à carga exercida pelo peso do objeto.
Inicialmente, seguindo o que foi exposto acima, para especificar a ventosa adequada para sua aplicação é necessário conhecer o peso do objeto que será manipulado. Em seguida, compare esse valor com a força gerada pela ventosa e verifique se ela será suficiente. A fim de garantir confiabilidade ao dimensionamento, utilize um fator de segurança e, se necessário, aumente o diâmetro ou quantidade de ventosas industriais, para aumentar proporcionalmente a força gerada.
Em seguida, podem ser selecionados o formato, material e diâmetro da ventosa industrial. Nesse sentido, os tipos de ventosa apresentam alta variedade, partindo de modelos circulares simples, até aquelas especiais para manipulação de chapas metálicas oleosas ou caixas de papelão e embalagens.
A aplicação e as condições ambientais são importantes para a seleção da ventosa certa e do material apropriado. A resistência à abrasão, a resistência ao óleo e a segurança alimentar (grau de aprovação FDA) geralmente são especificações exigidas.
Quanto ao formato, as ventosas industriais podem ser categorizadas como planas ou com foles.
Ventosas planas se mostram mais adequadas para manipulação de peças ou objetos com superfícies planas ou ligeiramente curvas. Por exemplo, são utilizadas em placas de metal, vidro, placas plásticas e de madeira. Além disso, por possuírem volume interno reduzido, ventosas planas tem menor tempo de evacuação, tornando rápida a geração de vácuo e garantindo agilidade ao processo. Sobretudo, quando selecionadas corretamente, têm boa estabilidade para lidar com altas forças de cisalhamento e aceleração causada por movimentos rápidos. Comumente, são encontradas em manuseio automatizado.
Por outro lado, as ventosas de fole são formadas por convoluções. Por isso, os foles permitem a compensação de alturas variáveis ou irregularidades encontradas na superfície dos objetos que serão manipulados. Além disso, por conta do processo de evacuação mais lento dos foles, é criado amortecimento. Assim, as ventosas com fole podem servem ao uso com peças frágeis, componentes eletrônicos ou alimentos. Finalmente, as ventosas industriais com fole são recomendadas para manusear peças curvas, como painéis de carroceria de veículos, canos e tubos, peças de plástico moldado por injeção e embalagens não rígidas, como aquelas feitas em plásticos.
Além da tradição e reconhecida qualidade de seus produtos, a Piab apresenta o conceito exclusivo da piGrip, ventosa configurável com peças individualmente otimizadas para preensão, levantamento e compensação de altura. Para isso, a piGrip é fabricada em material de alta resistência, gerando de 30% a 50% mais força que ventosas industriais convencionais. Concomitantemente, quando configurada com foles, permite a movimentação mesmo em altas velocidades de máquinas.
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